terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Lurian David (comentário enviado em 27/11/2010)

Quando se lê o livro “A hora da estrela”, se percebe que é mais fácil descobrir os mistérios que há entre o céu e a terra do que compreender o que se passa na brilhante mente da escritora Clarice Lispector. O livro se inicia com uma dedicatória do autor (na verdade Clarice) que de tão profunda nos emociona e nos faz sentir a calorosa música dos compositores citados, como Chopin. A história é contada por nada menos que Rodrigo S.M., um narrador fictício criado pela escritora para narrar a comovente vida de Macabéa, uma nordestina que vive na miséria, ignorada pelas pessoas por não ser bonita, e vive com o mínimo necessário para se viver. A trama é muito elaborada e por isso envolve o leitor apesar de sua temática simples. A metalinguagem se faz presente em todo momento, principalmente nas situações em que o narrador afirma a dificuldade que tem para contar a história da nordestina e que, para isso, deve se isolar do mundo externo e viver com os próprios pensamentos assim como vive a protagonista.

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